Foto: Corsan (Divulgação)
A Corsan concluiu, na quarta-feira (6), a reconstrução das três adutoras que haviam sido rompidas pela enchente do dia 17 de junho no Rio Ibicuí, na Região Central do Estado. O sistema de captação de água bruta voltou a operar integralmente por gravidade, garantindo estabilidade no abastecimento. O investimento total na obra, incluindo a estrutura emergencial implantada durante o período, foi de R$ 7 milhões.
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O novo trecho das adutoras, com cerca de 320 metros cada, foi instalado sob o leito do rio com proteção de ferro e concreto, com objetivo de evitar novos rompimentos. A obra mobilizou cerca de 70 trabalhadores das unidades da Corsan em Santa Maria, Rosário do Sul, Alegrete e Ijuí, ao longo de 52 dias de trabalho sob chuva, frio, neblina e com o nível do rio ainda elevado.
Durante o período da reconstrução, foi implantado um sistema emergencial de captação, operando com bombas submersas e transporte por bombeamento, mais vulnerável a falhas elétricas e entupimentos. Agora, com as adutoras reconstruídas, o sistema voltou a operar como antes: conduzindo a água por gravidade até a estação de tratamento, o que dispensa o uso de energia elétrica e garante maior vazão.
De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Uillian Kemmrich, a vazão do sistema convencional é de 1.250 litros por segundo, contra 1.050 litros da estrutura emergencial. Apesar da normalização do sistema, o equipamento emergencial será mantido no local, pronto para uso em situações de emergência.
Entenda o caso
17 de junho – A enchente rompeu três adutoras (uma de 600 mm e duas de 350 mm) responsáveis pela captação de água do Rio Ibicuí. Com isso, o abastecimento passou a ser feito de forma alternada nos bairros, com uso de caminhões-pipa e reservatórios móveis.
18 de junho – A Corsan começou a montar um sistema emergencial de bombeamento, abaixo do local de rompimento, na localidade de Scremin, em São Martinho da Serra.
19 de junho – O sistema emergencial passou a enviar água à estação de tratamento da Vila Vitória, com vazão reduzida e dependência de energia elétrica. As bombas enfrentaram entupimentos constantes devido ao arraste de galhos e pedras.
20 de junho – Com a baixa do rio, a equipe conseguiu acessar o local das adutoras rompidas e iniciou a mobilização para reconstrução da estrutura original.
21 de junho – Começaram as escavações sob o leito do rio para implantação dos novos trechos, com tubulação em polietileno de alta densidade (PEAD), reforçada com ferro e concreto.
7 de julho – A adutora de 600 mm foi interligada ao sistema, restabelecendo parcialmente o transporte de água por gravidade.
6 de agosto – As duas adutoras de 350 mm também foram interligadas, completando a reconstrução. O sistema voltou a operar integralmente como antes da enchente.